De acordo com dados do Conselho Federal de Medicina e INSS, as mãos são as partes do corpo mais frequentemente envolvidas em acidentes de trabalho.

Diante dessa estatística, percebemos o quanto é essencial a utilização de luvas de proteção. Contudo, para que os acidentes sejam evitados de forma eficaz, é imperativo selecionar o Equipamento de Proteção Individual (EPI) mais adequado.

No decorrer deste artigo, abordaremos os diferentes níveis de proteção das luvas, além de explorar 5 fatores para considerar antes de comprar uma luva de segurança. Aproveite a leitura.

Classificação das luvas

As luvas de prevenção de acidentes são classificadas como EPI e devem obedecer a rigorosas regulamentações nacionais e internacionais que visam garantir a segurança do trabalhador e também do empregador.

Existem diferentes tipos de luvas de segurança que diferem muito em termos de material e grau de proteção. A primeira distinção a fazer é, portanto, sobre o nível de risco:

• Nível 1 – Riscos menores

Abrange situações de baixo risco, onde uma luva de proteção básica, simples e confortável é suficiente.

• Nível 2 – Riscos intermediários

Engloba contextos com risco real de cortes, lacerações, perfurações ou escoriações. Neste caso, é necessária uma luva EPI que cumpra as normas específicas e que deva ostentar a marcação de referência.

• Nível 3 – Riscos irreversíveis

Aplica-se a condições com alto risco de lesões graves nas mãos devido ao manuseio e ao ambiente de trabalho. 

Normas técnicas para luvas de segurança

A norma que estabelece os requisitos gerais para luvas de trabalho é a EN 420. Esta disposição não define o nível de proteção da luva, mas fornece indicações gerais sobre uso, ergonomia, segurança e marcação. Tais níveis são definidos por normas específicas baseadas no risco considerado, incluindo:

• EN 374

Luvas de proteção contra produtos químicos e microrganismos para as quais são necessários testes de penetração e permeação para evitar o contacto da pele com substâncias tóxicas e garantir uma verdadeira barreira de proteção.

 

• EN 388

Luvas de proteção contra riscos mecânicos associados à utilização de máquina ou ferramenta que devem garantir segurança contra abrasão, cortes, lacerações e perfurações.

• EN 407

Luvas de proteção contra riscos térmicos e calor. Estas luvas são testadas quanto à resistência contra contato, calor convectivo e radiante, propagação de chamas e contato com pequenas quantidades de metal fundido.

• EN 12477

Luvas protetoras de soldagem que também garantem um alto grau de destreza e precisão nos movimentos dos dedos e das mãos.

• EN 511

Luvas de proteção para o frio. Oferecem diferentes níveis de resistência ao frio convectivo e de contato, além de impermeabilidade.

Fatores para considerar antes de comprar uma luva de segurança

Para selecionar a luva adequada, é indispensável ponderar diversos fatores, a fim de tomar decisões bem fundamentadas na hora de adquirir luvas de segurança, assegurando uma proteção eficaz.

Veja a seguir alguns aspectos a serem avaliados:

1. Determine os riscos ambientais

A seleção apropriada das luvas depende diretamente da compreensão detalhada de riscos ambientais específicos. Isso inclui a identificação de materiais manipulados, substâncias químicas presentes, ferramentas utilizadas, processos de trabalho e quaisquer outros elementos que possam resultar em lesões.

2. A aderência

Ao manusear objetos pesados ou pontiagudos, uma boa aderência reduz bastante os acidentes. Ademais, é basilar avaliar cuidadosamente as condições em que o trabalho é realizado, seja em ambiente seco ou úmido, na presença de substâncias oleosas ou lamacentas, para escolher uma luva capaz de garantir a aderência apropriada.

3. Destreza

Na escolha do EPI adequado para as mãos deve-se considerar a necessidade de manter boa destreza e sensibilidade, principalmente naquelas situações em que será feito o manuseio de pequenos objetos.

Embora luvas mais finas possam oferecer uma vantagem nesse aspecto, é importante notar que essa característica pode comprometer a proteção. No entanto, já existem luvas inovadoras que conseguem conciliar destreza e sensibilidade com uma proteção eficaz.

4. Ergonometria

O conforto e o ajuste adequado são aspectos que não devem ser subestimados. Afinal, ao comprar luvas de segurança muito grandes, estas têm maior probabilidade de escorregar das mãos, prejudicando a aderência e a habilidade de manuseio. Por outro lado, aquelas excessivamente apertadas restringem os movimentos, afetando a destreza e a habilidade do trabalhador.

Já as luvas confortáveis são mais propensas a serem usadas regularmente, assegurando uma proteção contínua das mãos em variadas situações laborais.

5. Proteção contra impactos

Muitas luvas podem proteger contra arranhões e cortes causados por objetos pontiagudos. Porém, nem todas conseguem garantir um elevado grau de resistência e absorção da energia de um impacto, imperioso para proteger as partes mais delicadas da mão.

Considerações finais

De fato, a segurança no local de trabalho é deve ser uma prioridade inegociável, e as luvas são imprescindíveis nesse cenário.

Vale salientar que ao adotar uma abordagem criteriosa na escolha das luvas de segurança, as organizações não apenas protegem seus trabalhadores, mas também mitigam riscos potenciais e promovem um ambiente de trabalho seguro e saudável.

 

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